sábado, 21 de junho de 2008

Greve de 1917

O Brasil importava todos os produtos que necessitava da Europa, após a Primeira Guerra Mundial os paises que desastre a produziam tais produtos pararam de exportar para investir no armamento, devido a este fato o Brasil não tinha de quem comprar e iniciou o processo de importação das máquinas para produzir o que necessitava, assim começou o primeiro surto industrial.

O Brasil passou por um grande desenvolvimento industrial, em meados de 1800. O número de indústrias no país foi crescendo ao longo dos anos, principalmente baseando-se na substituição de importações.

O desenvolvimento industrial de São Paulo foi resultado da economia cafeeira. A criação de um mercado consumidor e a acumulação de capitais levaram ao desenvolvimento industrial que, por sua vez ampliou o mercado e a concentração da riqueza.

Em São Paulo, o crescimento relativamente rápido da industria criou um proletariado (classe mais baixa, principalmente de operários) que passou a ter em algumas décadas um peso significativo na vida política do país.

As condições de trabalho dos operários eram precárias e miseráveis. Os salários eram baixos, mesmo com os operários trabalhando por muitas horas diárias. Os locais de trabalho não eram higiênicos, eram sujos, com excessivo barulho e falta de iluminação, causando muitas doenças, entre elas, a tuberculose.

Além das péssimas condições e dos baixos salários pagos aos operários, para satisfazer suas necessidades básicas, era necessário que comprassem produtos produzidos pelas indústrias, conseqüentemente por eles mesmos, assim proporcionando um grande lucro aos empresários.

Os operários eram geralmente imigrantes e possuíam experiência em movimentos reivindicatórios, além de contatos com idéias socialistas e anarquistas. No início, suas idéias baseavam-se principalmente no anarquismo e caracterizavam-se pelo mutualismo. Os anarquistas caracterizavam-se pela oposição radical ao Estado, à religião e à propriedade privada, três instituições fundamentais no sistema capitalista da época.

Segundo os trabalhadores anarquistas, as grandes armas da classe operária na luta contra os patrões e o Estado eram a conscientização e as greves que tinham como objetivo derrubar o sistema capitalista.

Em 1917, as notícias da Revolução Russa, revolução socialista que estava ocorrendo naquele momento na União Soviética, tiveram efeitos no Brasil. No entanto, as notícias foram modificadas, chegando ao país como idéias anarquistas, e assim, motivando e baseando as greves do proletariado contra os capitalistas.

Em São Paulo iniciaram-se as greves que foram violentamente reprimidas pela polícia, porém a gota d’água dos conflitos entre polícia e trabalhadores aconteceu quando José Martinez, um sapateiro que participava da greve, foi assassinado em confronto com a policia. Isso gerou uma “explosão” nas greves parando a cidade.

Através de negociações, a greve chegou ao fim. Os operários obtiveram aumento de 20% no salário, a promessa de fiscalização dos preços, liberdade para os presos e a não punição dos grevistas.

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