sábado, 21 de junho de 2008

República da Espada

O período inicial da República brasileira, de 1891 a 1894 é conhecido como República da Espada. Foi um período governado por dois militares, os marechais Deodoro da Fonseca e Floriano Peixoto.
Uma junta militar encabeçada por Deodoro da Fonseca governou o Brasil entre 1889 e
1891, quando eleições indiretas o elegeram presidente, com Floriano como vice. Entretanto, Deodoro renunciou no mesmo ano, com problemas de saúde que o afligiam havia anos, e com graves problemas políticos, como atritos com a oligarquia cafeeira, greves, e a Primeira Revolta da Armada. Floriano Peixoto assumiu a presidência, e entre seus atos, estatizou a moeda, estimulou a indústria, baixou o preço de imóveis e alimentos. Floriano também repreendeu movimentos monarquistas, e entre seus atos, proibiu o Jornal do Brasil, na época com inclinações monarquistas, de circular até o final de seu governo.
Floriano angariou a confiança da população de maneira geral, e consolidou a República. Entretanto, enfrentou a
Revolução Federalista no Rio Grande do Sul, que só terminaria com vitória das tropas republicanas após o governo de Floriano Peixoto, em 1895. Também enfrentou a Segunda Revolta da Armada, e a Revolta dos 13 Generais, com sucesso.
Durante toda a República da Espada, a base governamental foram as oligarquias agrárias. O poder dos militares sucumbiu à força política dos barões do café de
São Paulo e aos pecuaristas de Minas Gerais, e com a instituição de eleições diretas, o cafeicultor paulista Prudente de Morais foi eleito Presidente da República, encerrando o período da República da Espada, dando início à Política do Café com Leite ( São Paulo e Minas Gerais), que norteou o restante da República Velha.

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