Resumo Completo Gramática 2o bimestre

Classificação da palavra “se”

A palavra “se” pode ser classificada como:

1. Pronome apassivador(ou partícula apassivadora), quando esta ligada a um verbo transitivo direto ou transitivo direto e indireto, indicando que a oração está na voz passiva sintética. Nesse caso, o verbo deve flexionar-se no singular ou no plural, concordando com o sujeito correspondente.

2. Índice de indeterminação do sujeito, quando está ligada a um verbo intransitivo, transitivo indireto, ou de ligação. Nesse caso, o verbo deve flexionar-se sempre na terceira pessoa do singular, pois o sujeito é indeterminado.
   
   

Observação: Lembre-se de que o sujeito indeterminado também ocorre com o verbo flexionado na terceira pessoa do plural, quando não há referência a um sujeito expresso anterior ou posteriormente, ou que possa ser identificado no contexto.

Adjunto Adnominal e Complemento Nominal

• Adjunto Adnominal é a função sintática da palavra ou expressão que se liga a um substantivo concreto ou abstrato para determiná-lo ou caracterizá-lo.
• Complemento Nominal é a função sintática do termo preposicionado que completa a significação de um nome(substantivo abstrato, adjetivo, advérbio).

Observações:

1. Geralmente, a expressão que caracteriza ou determina um substantivo concreto classifica-se, sintaticamente, como adjunto adnominal.

2. Quando a expressão estiver ligada a um adjetivo ou a um advérbio, será sempre classificada, sintaticamente, como complemento nominal.
   
   
3. Se a expressão estiver ligada por uma preposição a um substantivo abstrato, será sintaticamente:
   - Complemento nominal: quanto tiver sentido passivo.
   - Adjunto Adnominal: quando tiver sentido ativo.

Quadro resumo

Função sintática	Classe gramatical a que pertence	Classe gramatical a qual se relaciona
Adjunto adnominal	- artigo; - adjetivo; - numeral; - pronomes adjetivos; - locuções adjetivas.	- substantivo concreto ou abstrato (núcleo de qualquer função sintática)
Complemento nominal	- Termos, geralmente substantivos, preposicionados.	- adjetivo; - advérbio; - substantivo abstrato.

Colocação dos pronomes átonos

A norma culta da língua portuguesa estabelece regras para a colocação dês pronomes pessoais oblíquos átonos. Há três possibilidades de colocação desse pronome em redação ao verbo:

• Próclise (antes do verbo);
• Ênclise (depois do verbo);
• Mesóclise (no meio do verbo).

Ênclise

1. A posição lógica do pronome átono é a ênclise. Entretanto, há casos em que não se segue essa colocação.
2. NUNCA se inicia uma oração com pronome oblíquo átono.

Próclise

O pronome deve ser colocado antes do verbo:

1. Quando o verbo é precedido de uma palavra negativa.

Ex.: Ninguém me viu atrás da porta.
Nada o perturba.
Obs.: Havendo vírgula depois da palavra de sentido negativo, emprega-se a ênclise.
Ex.: Não, respondeu-me ela.

2. Nas orações iniciadas com pronomes interrogativos.
Ex.: Quem me procurou?

3. Quando o verbo vem antecedido de certos advérbios(bem, mal, ainda, sempre, só, talvez, etc.) ou expressões adverbiais.
Ex.: Já lhe disse um milhão de vezes!

Nos olhos se concentrava ele.

Obs.: Havendo vírgula depois do advérbio ou locução adverbial, emprega-se a ênclise.

Ex.: Pouco depois entregou-me o recado.

4. Nas orações exclamativas.
Ex.: Como se amavam!

5. Quando houver a palavra “que” no período.

Ex. Ele disse que me amava.

Mesóclise

Quando o verbo estiver no futuro do presente ou no futuro do pretérito, não se coloca o pronome átono depois do verbo, ou seja, não se aplica a ênclise. Não sendo possível a próclise, faz-se uso da mesóclise.

Ex: Dar-lhe-ei notícias quando chegar.

Dar-lhe-ia notícias quando chegasse.

Concordância verbal

Sujeito simples

1. O verbo concorda com o núcleo do sujeito.
2. Se o núcleo do sujeito é um substantivo coletivo, o verbo é flexionado no singular.
3. 
   a. Se o sujeito é constituído por um coletivo( ou palavra de sentido coletivo), seguido de um substantivo no plural, o verbo pode ser flexionado no singular, concordando com o núcleo do sujeito, ou no plural, concordando com o adjunto adnominal.
   
   b. Se o sujeito for constituído por expressões como parte de, uma porção de, metade de, seguidas de um substantivo no plural, o verbo pode ser flexionado no singular ou no plural.

Sujeito composto

1. Se o sujeito composto estiver antes do verbo, o verbo ficará no plural.
2. Se o sujeito estiver depois do verbo, o verbo poderá ficar no plural ou concordar com o núcleo mais próximo.

Casos especiais

1. Verbo haver
   
   a. Quando o verbo haver é um auxiliar(podendo ser substituído por “ter”), concorda com o sujeito.
   
   b. Quando o verbo haver tem o sentido de existir, ele não possui sujeito e, portanto, é flexionado na terceira pessoa do singular.
   
   Obs.: O verbo existir não obedece às regras acima: concorda sempre com o sujeito a que se refere.
   
   
2. Verbo fazer
   Quando o verbo fazer é empregado na indicação de tempo, é impessoal, permanecendo sempre na 3ª pessoa do singular.
   
   
3. Verbo ser
   
   

a. Nas indicações de hora e distância, o verbo ser pode ficar no singular ou concordar com a data.

b. Nas indicações de dia, o verbo ser pode ficar no singular ou concordar com a data.

c. Em expressões “fixas” que indicam quantidade ou avaliação, o verbo ser fica invariável.

d. O verbo ser concorda com o pronome pessoal, seja ele sujeito ou predicativo.

e. Quando o sujeito e o predicativo são coisas e um está no singular e outro no plural, o verbo ser fica, de preferência, no plural.

f. Se o sujeito ou o predicativo referir-se a pessoa, o verbo ser concorda com essa palavra, seja sujeito ou predicativo.

(Resumo feito por Nicole Sampaio)